Su Dongpo é indiscutivelmente um artista chinês de muitas facetas. Largamente representativo do espírito literato de uma era, Su influenciou inúmeras gerações com a sua positividade e efervescência, entusiasmo e devoção, optimismo e abertura de espírito. O poeta integrou as suas excepcionais reflexões em versos e letras de canções, moldando e simbolizando uma espiritualidade profunda nos meandros da cultura tradicional. O retrato de dança contemporânea Dongpo: Vida em Poemas desvenda a história fascinante deste vulto literário através de uma abordagem inovadora e holística, buscando um fundamento espiritual comum ao poeta e ao mundo contemporâneo, utilizando concisas e poéticas expressões da arte moderna.
Cada produção é um novíssimo desafio e cada inovação é mais uma tentativa de desafiar os nossos próprios limites. Por quê relembrar Su Dongpo através do movimento? Antes do espectáculo subir ao nosso palco, visualizemos o ambiente poético e as ideias retratadas nas palavras de Shen Wei. O prolífico criador e coreógrafo sediado em Nova Iorque oferece-nos algumas percepções pessoais sobre o seu mais recente trabalho.
Shen Wei
Coreógrafo, multi-artista e criador de
Dongpo: Vida em Poemas
Dongpo e eu temos muito em comum, uma vez que ambos amamos a vida, temos uma atitude positiva e acreditamos
que as dificuldades podem ser superadas com vontade e fé. Com tal optimismo, fui capaz de perseguir os meus
objectivos com firmeza quando confrontado com desafios ao longo do processo criativo. Em Novembro de 2021,
estava no meu estúdio em Paris quando recebi um convite para transformar a vida do poeta num bailado. Nos 20
meses seguintes, vi-me dedicado a Dongpo: Vida em Poemas, um trabalho que é, até hoje, a produção mais
difícil em que já trabalhei.
Sou uma pessoa muito exigente na vida. Faço o meu próprio mobiliário
por forma a usar os materiais, as cores e os estilos da minha preferência. Dedico a minha atenção e esforço
às criações artísticas para produzir um resultado que eu realmente desejo.
Su Dongpo tinha um
grande interesse em vários géneros artísticos, incluindo música, caligrafia e pintura. Admiro-o e acredito
que as diversas formas de arte podem influenciar e adaptar-se umas às outras, integrando-se, no limite, em
expressões harmoniosas. Também combino diferentes elementos artísticos nas minhas criações, expressando
assim as emoções e o espírito de forma integrada. Ao entrelaçar a experiência sensorial com a racional,
pretendo que as minhas criações possam ecoar no público, permitindo-lhe compreender os conceitos e
significados que contêm.
No início, passei quatro meses a pesquisar o poeta, recolhendo muita
informação, incluindo poemas, letras e contextos, na esperança de encontrar uma forma de apresentar em palco
o seu talento e charme literário. Ao lidar com a sua imagem, procurei um ponto de contacto com a sociedade
contemporânea. Atravessando centenas de anos neste diálogo, fui sendo inspirado pelas suas obras e espírito,
tocado pela sua paixão pela vida e pela atenção que devotou a múltiplas culturas. O seu entusiasmo pela vida
e pela humanidade transparece a cada linha, sendo transmitido, depois, às novas gerações. Estas
características tiveram impacto não apenas no passado, mas também no presente e continuarão a
influenciar-nos no futuro. Dongpo: Vida em Poemas nasceu, finalmente, fruto de inúmeras tentativas, depois
de eu ter examinando a essência da estética chinesa clássica, ponderando uma ligação entre a cultura
tradicional e uma visão contemporânea, combinando a linguagem de Su com o movimento. A juntar aos encantos
da dança, este trabalho integra diversas formas de arte, da elegância da caligrafia e da gravação de
sinetes, à música etérea do guqin e aos movimentos corporais da ópera chinesa.
Nos meus trabalhos
sempre atribuí grande importância à harmonia entre a beleza sensorial e intelectual, e acredito que a arte
pode alargar as mentes, inspirar a criatividade e explorar um potencial para a reflexão e inovação. Para
mim, a arte é uma forma de explorar o futuro e o valor da humanidade, e espero que esta produção ecoe nos
espectadores e os inspire. Ao integrar diversas formas de arte, esforcei-me por criar um trabalho que toque
o coração das pessoas e que comunique com toda e qualquer alma.
Su Dongpo é indiscutivelmente um artista chinês de muitas facetas. Largamente representativo do espírito literato de uma era, Su influenciou inúmeras gerações com a sua positividade e efervescência, entusiasmo e devoção, optimismo e abertura de espírito. O poeta integrou as suas excepcionais reflexões em versos e letras de canções, moldando e simbolizando uma espiritualidade profunda nos meandros da cultura tradicional. O retrato de dança contemporânea Dongpo: Vida em Poemas desvenda a história fascinante deste vulto literário através de uma abordagem inovadora e holística, buscando um fundamento espiritual comum ao poeta e ao mundo contemporâneo, utilizando concisas e poéticas expressões da arte moderna.
Cada produção é um novíssimo desafio e cada inovação é mais uma tentativa de desafiar os nossos próprios limites. Por quê relembrar Su Dongpo através do movimento? Antes do espectáculo subir ao nosso palco, visualizemos o ambiente poético e as ideias retratadas nas palavras de Shen Wei. O prolífico criador e coreógrafo sediado em Nova Iorque oferece-nos algumas percepções pessoais sobre o seu mais recente trabalho.
Shen Wei
Coreógrafo, multi-artista e criador de
Dongpo: Vida em Poemas
Dongpo e eu temos muito em comum, uma vez que ambos amamos a vida, temos uma atitude positiva e acreditamos
que as dificuldades podem ser superadas com vontade e fé. Com tal optimismo, fui capaz de perseguir os meus
objectivos com firmeza quando confrontado com desafios ao longo do processo criativo. Em Novembro de 2021,
estava no meu estúdio em Paris quando recebi um convite para transformar a vida do poeta num bailado. Nos 20
meses seguintes, vi-me dedicado a Dongpo: Vida em Poemas, um trabalho que é, até hoje, a produção mais
difícil em que já trabalhei.
Sou uma pessoa muito exigente na vida. Faço o meu próprio mobiliário
por forma a usar os materiais, as cores e os estilos da minha preferência. Dedico a minha atenção e esforço
às criações artísticas para produzir um resultado que eu realmente desejo.
Su Dongpo tinha um
grande interesse em vários géneros artísticos, incluindo música, caligrafia e pintura. Admiro-o e acredito
que as diversas formas de arte podem influenciar e adaptar-se umas às outras, integrando-se, no limite, em
expressões harmoniosas. Também combino diferentes elementos artísticos nas minhas criações, expressando
assim as emoções e o espírito de forma integrada. Ao entrelaçar a experiência sensorial com a racional,
pretendo que as minhas criações possam ecoar no público, permitindo-lhe compreender os conceitos e
significados que contêm.
No início, passei quatro meses a pesquisar o poeta, recolhendo muita
informação, incluindo poemas, letras e contextos, na esperança de encontrar uma forma de apresentar em palco
o seu talento e charme literário. Ao lidar com a sua imagem, procurei um ponto de contacto com a sociedade
contemporânea. Atravessando centenas de anos neste diálogo, fui sendo inspirado pelas suas obras e espírito,
tocado pela sua paixão pela vida e pela atenção que devotou a múltiplas culturas. O seu entusiasmo pela vida
e pela humanidade transparece a cada linha, sendo transmitido, depois, às novas gerações. Estas
características tiveram impacto não apenas no passado, mas também no presente e continuarão a
influenciar-nos no futuro. Dongpo: Vida em Poemas nasceu, finalmente, fruto de inúmeras tentativas, depois
de eu ter examinando a essência da estética chinesa clássica, ponderando uma ligação entre a cultura
tradicional e uma visão contemporânea, combinando a linguagem de Su com o movimento. A juntar aos encantos
da dança, este trabalho integra diversas formas de arte, da elegância da caligrafia e da gravação de
sinetes, à música etérea do guqin e aos movimentos corporais da ópera chinesa.
Nos meus trabalhos
sempre atribuí grande importância à harmonia entre a beleza sensorial e intelectual, e acredito que a arte
pode alargar as mentes, inspirar a criatividade e explorar um potencial para a reflexão e inovação. Para
mim, a arte é uma forma de explorar o futuro e o valor da humanidade, e espero que esta produção ecoe nos
espectadores e os inspire. Ao integrar diversas formas de arte, esforcei-me por criar um trabalho que toque
o coração das pessoas e que comunique com toda e qualquer alma.